Ela me persegue, sorrateira e invisível; de todos ouço que louca estou ficando, mas eu a vejo, escuto e snto, cada tormento, cada palavra dirigida única e exclusivamente a mim, camulfada , cheia de floreios e boas maneiras. Mas eu sei.
Não é mais fote nem melhor, se comparadas somos semelhantes, mas ela me persegue, me suga, me irrita. Assim é seu jeito de tentar ser superior, espremer todos contra o chão, seu tapete real, seu mundo de mentiras.
Aos poucos me libertei, me desfiando fio a fio do tapete pressivo, cuidadosamente cultivado; foi quando pude ver de cima, e lá estava ela. Corri. Só quando bem distante parei, olhei para trás, silêncio, para frente um infinito em branco. Sorri.
E vivi, mas ela nunca me esqueceu, essa falha seria reparada, eu deveria voltar para seu querido tapete. Fujo sempre, notícias a toda hora recebo e mantenho os olhos abertos e atentos em seu sorriso maldoso coberto de falsas gentilesas e olhares de escárnio, mistura de uma inveja infundada e uma raiva sem pripósito.
A sombra persegue sua fugitiva sem que ninguém perceba, porém me escondo embaixo de minha própria sombra e os papéis se invertem.
1 Comment:
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- Regis Bastian said...
21 de set. de 2009, 14:46:00Oi! Gostei muito de seu blog. Não pretendo ser invasivo, desculpe-me. Só quis conhecer um pouco mais. Vc é um ser muito especial -- cuide-se. Felicidades!
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