Quando a coisa aperta todo mundo pensa: "preciso arrumar um emprego". Sempre quis trabalhar, ganhar meu suado dinheirinho e poder ter minhas coisas sem tarde ficar pedindo a ninguém, mas agora que a coisa é séria e eu me vejo divida entre trabalhar pra poder estudar ou não trabalhar e perder um ano de bobeira na minha vida.

Nunca foi tão difícil tomar essa decisão, trabalhar e estudar, tudo junto nunca foi uma boa opção pra mim, minha mãe sempre dizia: "ou faz bem uma coisa, ou faz outra, as duas não dá", é essa sou eu, ou eu me dedico num cursinho pra tentar uma fuvest da vida no final do ano, ou eu trabalho e estudo razoavelmente. Em contra partida, se eu não trabalhar, não estudo por não ter como pagar...e fico um ano sentada esperando que algum milagre aconteça.

Ser pobre nunca foi tão complicado, suprimir meu consumismo absurdo parece fichinha quando penso no meu atual dilema. E depois não é só isso, não me dou bem lidando com pessoas e na minha humilde opinião, não faço nada direito...é as coisas estão ficando feias pro meu lado.

E incrível o aperto no coração [invejinha sim sim] que eu sinto quando pergunto para alguns amigos o que eles vão fazer esse ano...ninguém que eu conheça passou na fuvest ou em qualquer outra, mas a maioria já está matriculada em alguma outra faculdade particular. Queria que as coisas fossem fáceis assim pra mim também, mas acho que eu encaixo num daqueles lindos exemplos de vida que passam na tv, em que as pessoas mostram seus sacrifícios para se tornarem alguém na vida.

Esse é o tipo de coisa muito boa de se ouvir, pra dar valor ao que temos, mas quando vemos que isso vai acontecer com a gente...na boa, é desesperador. Tenho a impressão de que as coisas vão piorar bastante a partir desses meus 18 anos e espero ser forte o suficiente pra passar por cima de tudo isso.

Sei que não existe só eu no mundo precisando de um emprego, e sei que existem pessoas que precisam muito mais de um do que eu, mas mesmo sendo assim tão difícil não custa tentar as vezes a sorte pode resolver dar as caras.


Kiwibeijos *

Esta semana está acontecendo a segunda edição da Campus Party, o maior [pelo menos pra mim] aglomerado de nerds, geeks entre outras coisas que eu já vi. E tendo um namorado nerd é claro que eu estava lá na terça-feira pra dar uma espiada nas coisas.

Acho que dá pra perceber que eu não me encaixo muito nas categorias que adoram o evento, mas foi uma experiência interessante, quando cheguei não sabia exatamente o que esperar e quando vi...foi bizarro e estava completamente fora da minha compreensão. Um lugar enooorme, cheio de mesas e essas abarrotadas de computadores e seus respectivos donos fazendo sei lah eu o que...no começo [sinceridado total] achei meio sem propósito tudo aquilo, afinal tudo que eles estavam fazendo era possivel fazer em casa [ou não] e com mais conforto.

Havia uma infinidade de cores, luzes, tamanhos, formas e bugigangas naqueles computadores, inclusive uma tv de 42" [!], era bonito de se ver, e muita, muuuuita gente. Tinha os comportados e os mais bagunçeiros, tudo muito animado e acontecendo on e offline.


À meia-noite teve show do Teatro Mágico [pegou porque eu fui né], que foi boom demaaais! ficamos debruçados no palco curtindo o show e eu ganhei até a set list deles! Deu pra tirar fotos, conversar...enfim, fazer o que sempre quisemos mas nunca podemos nos grandes shows.

O resto da madrugada foi mais tranquila, com a presença de alguns VJs do Multishow e muitos downloads já que a velocidade da conexão era ótimaaa emais uploads ainda, afinal o mundo precisa saber o que rola por lá. E é claro que não podia faltar um telão pro pessoal jogar Rock Band, que foi badaladíssimo até altas horas.

Passei um friu do caramba lá, cheguei a cochilar um pouco em um dos puffs e as 6:30 da manhã de quarta-feira deixei acompanhia dos nerds pra descansar um pouco em casa. Vontade de voltar pra lá? Bom, iria caso eu tivesse uma barraca, mas mesmo assim, não posso deixar de dizer que me senti um pouco deslocada no meio do pessoal, afinal não é muito a minha praia mas também não posso dizer que não me diverti. Acabaram de me convidar pra voltar lá...mas acho que já chega pra mim.


Kiwibeijos a todos os corajosos que estão lá*

A Inveja

O que é a inveja? Seria um bichinho verde e peludo que vive escondido dentro de cada um de nós? E que as vezes resolve despertar e nos morde por dentro de um jeito insuportável que nos deixa triste?

Pra mim a inveja é isso, triste, pois é diferente do sentimento de cobiça. A inveja remete às desigualdades, ao fato de alguem ter e eu não; enquanto a cobiça me lembra o "obter a qualquer custo". A inveja pode matar a pessoa, mas não fazer com que ela mate outros.

“A pessoa cobiçosa quer possuir os bens do vizinho, enquanto que a pessoa invejosa lamenta esses bens. Ela fica triste por causa de prosperidade do vizinho” (W.F. May)


Sentir inveja é querer ser diferente, fazer diferente, é querer mudar. Não há nada de mal nisso, a inveja pode ser até muito construtiva. Se você sente inveja de alguém por ter muitos amigos isso pode até dar um empurrãozinho para que você se torne mais sociável e faça mais amigos. Precisamos parar de suprimir nossa inveja dentro do coração onde ela só faz mal e começar a lhe dar mais espaço (não muito, cuidado!) e nos aproveitarmos dela para melhorar pois as vezes a inveja nos revela desejos que nem sempre temos conhecimento. Isso não quer dizer que precisamos revelar ao mundo nossos desejos invejoso, não, esse é um sentimento dos mais íntimos, o que precisamos fazer é saber ouví-lo.

Eu cuido bem do meu bichinho verde e peludo pois toda vez que ele acorda sei que ele quer me mostrar algo importante e que só eu, sozinha posso conseguir. Por isso cuidem bem de seus bichinhos, eles podem fazer toda a diferença. ;]


Kiwibeijos*
e bom 2009 a todos!

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